Music & Readings

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sexta-feira, 26 de março de 2010

I'm tired boss...



Boss: "John, tell me what you want me to do... you want me to take you out of here... just let you run away and see how far you can get?"
Chefe: "John, me diga o que você quer que eu faça... quer que eu te tire daqui... quer que eu te deixe escapar pra ver até onde você pode chegar?"

John: "Why would you do such a foolish thing?"
John: Por que faria esta besteira?

Boss: "On the day of my judgement, when I stand before God, and He asks me why did I kill one of his true miracles, what am I going to say? That it was my job?"
Chefe: No dia do meu julgamento, quando eu estiver diante de Deus e Ele me perguntar por que eu matei um de seus verdadeiros milagres, o que eu vou dizer? Que era meu trabalho?

John: "You tell God, the Father, that it was a kindness that you done... I know you're hurtin' and worryin'. I can feel it on ya. But you ought to quit on it now. I want it to be over and done with. I do. I'm tired, boss. I'm tired of bein' on the road, lonely as a sparrow in the rain. I'm tired of not having anybody to be with to tell me where we's goin' to, comin' from or why."
John: Fala pra Deus Pai, que isto foi uma gentileza sua... eu sei que você tá preocupado e sofrendo. Posso sentir em você. Mas você tem que deixar disso. Eu quero que termine logo. Eu quero. Eu tô cansado Chefe. Cansado de estar sozinho no caminho, só, como um pardal na chuva. Cansado de não ter ninguém pra me dizer pra onde a gente vai, de onde a gente vem ou por quê.

John: "Mostly I'm tired of people being ugly to each other. I'm tired of all the pain I feel and hear in the world every day. There's too much of it. It's like pieces of glass in my head all the time. Can you understand?" .
John: Principalmente eu tô cansado da maldade das pessoas. Tô cansado de toda dor que eu sinto e ouço no mundo todo dia. É demais pra mim. É como cacos de vidro na minha cabeça o tempo todo. Você consegue entender?

The Green Mile
Warner Home Video
1999

quarta-feira, 17 de março de 2010

O que tens de melhor...


"(...)segundo a história, em Minas Gerais existia uma mulher chamada Dona Beija… Aliás Minas Gerais é terra de mulheres fantásticas(...) e Dona Beija mudou para Araxá para fazer a única coisa que ela sabia fazer na vida: prestação de serviço ao público masculino da cidade, né? E era boa no que ela fazia porque dava fila na porta dela, né? os homens pagavam o peso dela em ouro para ter uma noitada. E as moças falavam assim: “ – O Dona Beija, o quê que a senhora faz que os homens ficam tão impressionados?” Ela falou: “Olha, tudo que eu sei fazer bem feito, quando chega um cliente, eu faço logo da cara. Tem gente que sabe fazer alguma coisa bem feita e fica deixando pra depois, e fala assim: - Não, quando eu aposentar eu vou fazer aquilo, né? Não, quando eu tiver dinheiro eu faço aquilo, né? E deixa pra depoi... eu não, faço de cara.”

As mocinhas começaram a fazer a mesma coisa que a Dona Beija. O bordel prosperou, né? Dava fila de virar o quarteirão. Mas como toda pessoa (...) que tá um passo a frente do seu tempo a Dona Beija também começou a levantar inveja, ciúme, despeito… e o maior ciúme veio por parte das virgens da cidade de Araxá. Aquelas fofoqueiras que ficavam o dia inteiro, né, na janela olhando o tempo passar. Resolveram afrontar Dona Beija. Pegaram uma bandeja de prata, né, defecaram na bandeja: fizeram cocô na bandeja. Cobriram com uma toalinha de renda e mandaram a bandeja cheia de fezes para Dona Beija como se fosse um presente. Aí Dona Beija recebeu a bandeja, quando destampou viu que tinham fezes… ela não ligou não! Pegou a bandeja, jogou fora as fezes, mandou lavar a bandeja, desinfetar… saiu do lado de fora num jardim que ela tinha, ela colheu as rosas mais bonitas do jardim dela, colocou na bandeja, e devolveu a bandeja pras virgens com um bilhetinho assim:

“Cada um dá o que tem de melhor.”

Roberto Carlos Ramos

quarta-feira, 10 de março de 2010

Acostumar-se


Clarice Lispector


" Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e
a não ter outra vista que não as janelas ao redor.
E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender cedo a luz.
E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar o café correndo porque está atrasado.
A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá para almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo, e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.

E a pagar mais do que as coisas valem.
E, a saber, que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro,
para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição.
Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
À luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias de água potável.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber,
vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo.
Se o cinema está cheio, a gente se senta na primeira fila
e torce um pouco o pescoço.
Se o trabalho está duro a gente se consola pensando no fim de semana.
E se com a pessoa que a gente ama, à noite ou no fim de semana
não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito
porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta e se gasta de tanto se acostumar,
e se perde em si mesma."

Eu não me acostumei...


Simplesmente não...
Não há conformismo, portanto acho que por isso ainda não me acostumei.
Boa parte das coisas não é com eu quero... Não me acostumei a ter que seguir morosamente caprichos do destino.
É essa inquietude que me corrói... que me suga as forças...
Não me acostumei a ver os dias passarem sem mudanças... as mesmas que me atormentam...
Não...
Não sei se consigo me fazer entender... nem sei se quero... nem sei se me entendo, mas só não quero a inércia.
Ser capaz, é somente o que eu preciso agora...

sexta-feira, 5 de março de 2010

Where The Lost Ones Go (Sissel Kyrkjebo & Espen Lind) letra e tradução



Leave and let me go
Vá e deixe-me ir
You're not meant for me, I know
Você não é pra mim, eu sei
Carry on, carry on, and I'll stay strong
Prossiga, prossiga e eu permanecerei firme

Leave and let me go
Vá e deixe-me ir
I will think of you, I know
eu pensarei em você, eu sei
But carry on, carry on, and I'll stay strong
mas siga em frente, siga em frente eu permanecerei firme

Someone else will keep you warm, from now on
Um outro alguém vai te aquecer, de agora em diante
Someone else will keep you safe from the storm
um outro alguém te protegerá da tempestade
But I'll be with you wherever you go
mas eu estarei com você onde quer que você vá
So you will never be alone
para que você nunca esteja só

I'm going where the wind blows
Estou indo para onde o vento sopra
Going where the lost ones go
Vou para onde vão os sem rumo

I will be with you
Eu estarei com você
I'm losing the love I found
Estou perdendo o amor que encontrei
Crying without a sound
chorando em silêncio
Where have you gone?
Para onde você foi?

I will be with you
Eu estarei com você
You were my fool for love
Você foi meu grande amor
Sent me from high above
Enviada dos céus pra mim
You were the one
você foi a única
I will be with you
Eu estarei com você

I'm going where the wind blows
Vou para onde o vento sopra
Going where the lost ones go
Vou para onde vão os sem rumo

Leave and let me go
Vá e deixe-me ir
Don't look back just let me know
não olhe para trás, só me deixe saber
You'll carry on, carry on, you must stay strong
que você seguirá em frente, seguirá em frente, você tem que ser forte

Nothing ever looks the same in the light
nada mais possui o mesmo brilho
Nothing ever seems to quite turn out right
nada mais parece dar certo
But when you realize that you have been loved
mas quando você perceber que foi amado(a)
You will never be alone
você nunca estará só

I'm going where the wind blows
Vou para onde o vento sopra
Going where the lost ones go
Vou para onde vão os sem rumo

I will be with you
Eu estarei com você
I'm losing the love I found
Estou perdendo o amor que encontrei
Crying without a sound
chorando em silêncio
Where have you gone?
para onde você foi?

I will be with you
Eu estarei com você
You were my fool for love
Você foi meu grande amor
Sent me from high above
enviada dos céus para mim
You were the one
você foi a única
I will be with you
Eu estarei com você

I'm going where the wind blows
Estou indo para onde o vento sopra
Going where the lost ones go
indo para onde vão os sem rumo

Leave and let me go
Vá e deixe-me ir
Baby I can't come along
amor, eu não posso ir contigo
So carry on, carry on,
então siga em frente, siga em frente,
you must stay strong
você deve ser forte